Hoje, 18, o 1º Diretor Executivo da Associação Nacional do Ministério Público de Contas e Subprocurador-Geral do Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais, Daniel Guimarães, prestigiou o Seminário “Inteligência Artificial e Proteção de Dados”, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Na ocasião, também esteve presente a Procuradora do MPC-MG Maria Cecília Borges.
A Procuradora Maria Cecília, ao lado do 1º Diretor Executivo da Ampcon, Daniel Guimarães, e sua Assessora, Ana Luiza Werneck. Foto: Ana Lima | MPC-MG
Realizado no Auditório Vivaldi Moreira, o evento reuniu Conselheiros, Procuradores, especialistas e servidores para discutir os impactos da Inteligência Artificial (IA) e os desafios da proteção de dados pessoais no setor público. A abertura foi conduzida pelo Vice-Presidente do TCE-MG, Conselheiro Agostinho Patrus, que ressaltou o papel da IA para “potencializar nossas capacidades”, sem substituir a reflexão e a inovação humanas.
A programação contou ainda com a participação do Diretor-Geral do TCE-MG, Gustavo Vidigal, que destacou que a Inteligência Artificial veio para ficar e deve ser utilizada como instrumento de otimização no trabalho das instituições de controle. Durante sua fala, ele interagiu com o robô Maximus, atração do seminário, demonstrando as possibilidades de aplicação da tecnologia na rotina administrativa. Vidigal também ressaltou o desenvolvimento do Chat Uai, ferramenta criada pelos Comitês de Inteligência Artificial e de Proteção de Dados do Tribunal para apoiar e facilitar as atividades internas.
O evento. No palco, o robô Maximus. Foto: Ana Lima | MPC-MG
O Diretor de Tecnologia da Informação, Alexandre Sousa, apresentou uma linha do tempo da evolução tecnológica no Tribunal e reforçou que a infraestrutura é condição essencial para a consolidação de soluções em IA. Também participaram dos debates a Supervisora do Comitê de Proteção de Dados, Taciana Bieroni, que apresentou a assistente virtual Vereda (ou Verê), o Defensor Público Marco Paulo Denucci e o colaborador do Núcleo de Proteção de Dados do TCE-MG, Levindo Ramos Vieira, que abordaram, respectivamente, os riscos de vulnerabilidade e os modelos de regulamentação da IA.
Durante a tarde, o seminário contou com uma série de painéis que destacaram o uso da inteligência artificial no Tribunal de Contas. O Diretor de Inteligência, Pedro Henrique Azevedo, apresentou o Suricato, destacando ferramentas como Solaris, Apolo, Elisa, , Sentinela, Pacioli e Dandara, explicando como elas auxiliam na análise de dados, na prevenção de irregularidades e na efetividade do controle externo. Pedro enfatizou a importância de aproximar os servidores do trabalho de inteligência, mostrando que conhecer a atividade desenvolvida nos setores é fundamental para a apropriação e utilização das ferramentas no dia a dia.
Em seguida, o painel sobre PCA Análise contou com apresentações de Davidson Carvalho, Thiago Miranda e Matheus Aguiar Silva, que detalharam o uso da IA para processar a documentação enviada pelos municípios, como leis, decretos e relatórios de controle interno. A IA permitiu analisar mais de 729 mil documentos de forma rápida e assertiva, sinalizando divergências e liberando os auditores para análises mais complexas.
O painel seguinte, IA mais Data Lake, foi conduzido por Davidson de Carvalho e Daniel Paganini Noronha, que explicaram a implementação do Data Lake, repositório centralizado para armazenar dados estruturados e não estruturados do Tribunal. A ferramenta permite integração com soluções de IA, possibilitando consultas mais rápidas e confiáveis, além de facilitar a análise de grandes volumes de dados e melhorar a tomada de decisões.
O último painel foi dedicado ao ChatUai, apresentado por Flávia Ávila Teixeira, Gabriela Guerra e Vitor Leandro Galvão Alves. A ferramenta centraliza informações de diferentes bases do Tribunal, como SGAP, TC Júris e MAP Júris, oferecendo respostas mais assertivas e reduzindo a dispersão de dados. Gabriela demonstrou a pesquisa em tempo real, enquanto Vitor detalhou a estrutura técnica, incluindo o uso de armazéns de dados vetoriais e funcionalidades como o Walkthrough, que orienta novos usuários sobre os principais recursos do sistema.
O seminário foi encerrado pelo Presidente do TCE-MG, Conselheiro Durval Ângelo, que saudou os presentes e destacou o trabalho de toda a equipe envolvida no desenvolvimento das ferramentas de inteligência artificial. “Diante de todo esse desenvolvimento do Suricato, da TI, posso afirmar: isso é uma grande maravilha”, afirmou, reforçando que essas iniciativas fortalecem o controle externo e garantem mais eficiência e transparência na gestão pública em Minas Gerais.
O público presente. Foto: Ana Lima | MPC-MG
