O MPC brasileiro no IX Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas

 

  1. Procuradores do MPC da Paraíba apresentam paper sobre desastres ambientais

WhatsApp_Image_2025-05-28_at_19.47.34.jpegAutoridades do MPC brasileiro presentes no Congresso.

Na terça, 27, durante a Programação Científica  do  Congresso do IX Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas, Procuradores do Ministério Público de Contas do Estado da Paraíba apresentaram um paper que aborda a atuação da Justiça Contábil na prevenção de desastres ambientais.

WhatsApp_Image_2025-05-28_at_20.20.19.jpegManoel Antônio dos Santos Neto, Marcílio Toscano Franca Filho, Lúcia Patrícia de Souza Araújo e Luciano Andrade Farias.

 

Com o título “O Sistema de Controle Externo e a Gestão Preventiva de Desastres Ambientais: a atuação da Justiça Contábil na Proteção e Defesa Civil de Municípios”, o trabalho foi apresentado por Marcílio Toscano Franca Filho, Procurador-Geral; Luciano Andrade Farias, Subprocurador-Geral; pelo Procurador Manoel Antônio dos Santos Neto e pela engenheira Lúcia Patrícia de Souza Araújo, Auditora de Controle Externo do TCE-PB.

WhatsApp_Image_2025-05-27_at_11.36.28.jpegLuciana apresenta o paper.A pesquisa destaca o papel do controle externo e da atuação integrada entre órgãos técnicos e o Ministério Público de Contas na mitigação de riscos e na formulação de políticas públicas voltadas à proteção da população e do meio ambiente.

 

  1. Conquistando aliados na defesa da Lagoa da Pampulha  

Ainda na terça e  na Programação Científica  do  Congresso, a Procuradora do MPC-MG Maria Cecília Borges, apresentou, juntamente com o Assessor Ilder Miranda, artigo intitulado “Os Tribunais de Contas e a fiscalização de políticas públicas ambientais”, enfatizando o papel do TCE-MG na apuração de ofensa aos princípios da economicidade e da eficiência na execução de contratos administrativos de desassoreamento e limpeza da Lagoa da Pampulha, que resultaram no aterramento de enseadas da extremidade oeste do cartão postal de Belo Horizonte.

WhatsApp_Image_2025-05-28_at_08.58.08.jpegA Procuradora do MPC-MG Maria Cecília Borges.

A tese defendida é que tais intervenções impedem a contemplação da orla e do espelho d’água da Lagoa da Pampulha, em flagrante lesão ao direito de fruição daqueles bens culturais protegidos por tombamento.  

WhatsApp_Image_2025-05-28_at_08.58.08_1.jpegA Procuradora do MPC-MG Maria Cecília Borges e Assessor Ilder Miranda.

Em atuação conjunta com o Ministério Público Federal, a investigação do MPC-MG já resultou em ação civil pública e a repercussão do caso alcança, agora, projeção internacional. O passo é importante na defesa de todos (princípio ambiental da participação) na restauração integral do espelho d’agua da Lagoa da Pampulha, bem como de sua orla.

  1. Discussões sobre o papel dos órgãos de controle nas políticas públicas ganham destaque

Já no terceiro dia do evento, o Painel 2 da Programação Científica, intitulado “O Controle e as Políticas Públicas”, reuniu especialistas e membros do Ministério Público de Contas para discutir os desafios contemporâneos da atuação institucional frente às políticas públicas, especialmente diante de crises ambientais, riscos fiscais e da emergência climática.

 

O Subprocurador-Geral do MPTCU Paulo Bugarin, abordou o tema “A Sustentabilidade Ambiental e o Ministério Público de Contas junto ao TCU”, destacando a complexidade da atuação dos órgãos de controle em contextos de políticas públicas interdependentes. Ele reforçou a importância de um controle orientado para resultados, a articulação entre planejamento, execução e avaliação de políticas e o papel das instituições democráticas no sistema de freios e contrapesos.

WhatsApp_Image_2025-05-28_at_17.13.07.jpegO Subprocurador-Geral do MPTCU Paulo Bugarin.

A Procuradora do MPC-SP, Élida Graziane Pinto, apresentou a conferência “Riscos Fiscais e Controle Preventivo de Políticas Públicas”. Em sua fala, apontou os perigos da desorganização fiscal e da omissão do Estado em áreas essenciais, defendendo o controle rigoroso sobre as vinculações constitucionais mínimas de gasto, a responsabilização fiscal do Estado e o protagonismo dos órgãos de controle por meio de instrumentos jurídicos como os mandados de injunção estruturantes.

Image_7.jpgA Procuradora do MPC-SP, Élida Graziane Pinto.

O painel contou ainda com duas participações acadêmicas de destaque. O professor doutor Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getulio Vargas (FGV), abordou “Controle e Políticas Ambientais”, ressaltando a necessidade de articulação entre os órgãos de controle e os formuladores de políticas públicas para promover uma governança ambiental mais eficiente. Já a professora Karin Kassmayer, consultora legislativa do Senado Federal, tratou da “Emergência Climática, Desastres Ambientais e a COP 30”, chamando atenção para os desafios que o Brasil enfrentará na conferência e a importância de ações preventivas e articuladas entre os poderes públicos.