XVI CNMPC: Desafios jurídicos e institucionais da Inteligência Artificial

O painel, mediado por Thaísse Craveiro, Presidente da ANTC, contou com as exposições da professora Liziane Paixão Silva (CEUB/UNIT), da professora Mariah Brochado (UFMG) e do professor Márcio Luís de Oliveira (UFMG).

Da esquerda para a direita: Márcio Luís de Oliveira, Liziane Paixão Silva, Mariah Brochado e Thaísse Craveiro. Foto: Alexandre Rezende

Marcílio Barenco, Elke Moura, Daniel Guimarães, Sara Meinberg, Cristina Andrade Melo e Maria Cecília Borges. Foto: Alexandre Rezende

A professora Liziane Paixão destacou a importância de regulamentar a IA de forma responsável, com foco em auditabilidade e avaliação de risco. “O primeiro ponto desses documentos europeus é garantir que essas tecnologias sejam utilizadas preservando os direitos fundamentais”, afirmou, lembrando a classificação da União Europeia, que vai do uso proibido ao de baixo risco, e reforçando a necessidade de controle humano e transparência.

Liziane Paixão durante sua fala. Foto: JK Freitas

 

Taísse Craveiro durante o painel. Foto: Alexandre Rezende

Já Mariah Brochado ressaltou os desafios da implementação da IA no controle externo brasileiro, com base na pesquisa Projeto Artificial de Segurança de Contas. Ele apontou os benefícios da tecnologia, como detecção de fraudes e automação de tarefas, mas chamou atenção para a importância da literacia digital. “A ignorância na área de tecnologia tem criado problemas gravíssimos para o direito e para o controle de contas. A literacia digital fornece ferramentas essenciais para compreender o ambiente digital”, explicou, destacando recomendações internacionais nesse sentido.

Mariah Brochado durante sua fala. Foto: Alexandre Rezende

 

Márcio Luís de Oliveira durante o painel. Foto: JK Freitas

O professor Márcio Luís de Oliveira trouxe uma reflexão conceitual sobre constitucionalismo e IA criticando o termo “constitucionalismo digital”. “Não existe um fenômeno chamado constitucionalismo digital. O que existe é um novo contexto cultural e científico que vai interferir nos tópicos centrais do direito constitucional”, disse. Ele reforçou que o maior desafio da IA está no campo sociológico, lembrando que sociedades contemporâneas são multidenditárias e que não há valores culturais dominantes claros.

Os painelistas recebem certificado de Germana Laureano. Foto: Alexandre Rezende

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