A corrupção adequou-se ao formalismo dos órgãos e instrumentos de controle da administração pública, o que exige uma capacitação maior de seus integrantes, sobretudo para exigir fiscalização por parte da própria administração.
O alerta foi feito pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas no Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (MPC-TCM-GO), Fabrício Motta, no segundo painel do Congresso Internacional de Enfrentamento à Corrupção, realizado pela Associação Goiana do Ministério Público (AGMP).
Na palestra, que teve como tema “Corrupção e o futuro dos contratos administrativos” e foi apresentada na tarde de hoje (21/5), Fabrício enfatizou que a corrupção, que antes estava no planejamento e muitas vezes escancarada no edital – ele citou como exemplo a construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, em 1992 – hoje está na execução dos contratos administrativos.
“A ótica hoje é outra; o enfoque não pode ser mais só no planejamento”, declarou.
Ele citou como exemplo obras de asfalto, que no contrato consta uma especificação, mas são feitas com outra, bem inferior.
“Tem alguém atestando a despesa e a regularidade da obra”, lembrou.
Por isso, deve haver investimentos nos órgãos de controle.
A mesa do painel foi presidida pelo promotor de Justiça Fabrício Roriz.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social do MPGO