Uma inspeção feita pelo Tribunal de Contas de Sergipe, referente às irregularidades nos contratos firmados pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), entre os anos de 2010 e 2014, levou os conselheiros Clovis Barbosa e Luiz Augusto Ribeiro a uma discussão na manhã desta quinta-feira (3).
A conclusão do relatório aponta que a FHS pode ter gerado um dano aos cofres públicos na ordem de mais de R$ 63 milhões.
Os relatórios apontam indícios de apropriação indébita, ou seja, a fundação reteve impostos e contribuições previdenciárias dos funcionários e não repassou ao INSS e à Receita Federal.
Além disso, a auditoria aponta sinais de superfaturamento em diversos contratos e pagamento de serviços que nunca foram prestados.
O total da dívida acumulada pela fundação ultrapassa os R$ 190 milhões, sendo que o débito com fornecedores chegou a mais de R$ 80 milhões.
O relatório revelou ainda um gasto com pessoal que chega a mais de 87% da receita, o que está muito acima do recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que define um limite de até 60%.
A descoberta das irregularidades levou o Procurador Geral do Ministério Público de Contas, Sérgio Monte Alegre, a sugerir o imediato afastamento do atual diretor da Fundação Hospitalar de Saúde.
FONTE: G1