Após denúncia do MPC-SC, Ponte Hercílio Luz deve ficar pronta até abril de 2018

O Ministério Público de Contas de Santa Catarina apurou que em mais de 30 anos a ponte já concentra um gasto de R$ 563 milhões.

Este estudo já está no Tribunal de Contas do Estado.

O governo do estado contestou o relatório do Ministério Público de Contas.

A restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, deve ficar pronta em abril de 2018, disse o governador Raimundo Colombo em coletiva nesta segunda-feira (14).

A última etapa da reparação está orçada em R$ 261 milhões.

Começou na quinta (10) a colocação de uma das cinco treliças metálicas necessárias para a nova etapa da reforma.

Cada treliça tem quase 80 toneladas.

A colocação das cinco peças, prevista para terminar em fevereiro de 2016, ainda faz parte da "etapa ponte segura", uma fase emergencial da obra.

Com esta base os engenheiros poderão soltar as barras de olhal e os pendurais, e colocar peças pra amortecer o balanço da ponte.

Depois, é preciso reconstruir e tirar o apoio.

Tudo está sendo feito pela empresa Empa, do grupo português Teixeira Duarte, contratada pelo governo.

Ela deve continuar a obra, já que a lei permite dispensar a licitação.

Isso porque a ponte é um monumento histórico e deve contribuir com a mobilidade.

Porém, ninguém assinou o contrato ainda, pois o governo quer uma análise por parte do Tribunal de Justiça, Ministério Público do Estado, Tribunal de Contas do Estado e Assembleia Legislativa (Alesc), que entrarão em recesso.

Para isso, enviou cópias da proposta do governo do estado, com fundamentação jurídica e informações sobre o orçamento.

Estudos do município e do estado mostram que o movimento nas pontes Pedro Ivo e Colombo Salles pode diminuir até 25% quando a Hercílio Luz for liberada.

O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior, disse que já está avaliando algumas alternativas.

Ele afirmou que a meta da prefeitura é de que as obras de adequação das cabeceiras para o trânsito na Ilha e no Continente ocorram em paralelo às obras da ponte.

A proposta inicial, ainda em estudo junto à prefeitura, é de que a ponte receba apenas o trânsito no sentido Continente/Ilha no primeiro horário da manhã, funcione nos dois sentidos durante o dia, receba apenas o trânsito Ilha/Continente no final da tarde e volte a funcionar nos dois sentidos durante a noite.

A ponte foi interditada em 1991 pela má conservação.

Nos anos seguintes, ela passou por manutenção.

O primeiro contrato de recuperação foi assinado em 2006.

Desde então, outras empresas assumiram e abandonaram a obra.

Em abril deste ano, ela voltou a andar.

FONTE: G1