Júlio Marcelo de Oliveira, procurador de contas junto ao TCU, foi essencial para o impeachment de Dilma Rousseff, ao destrinchar as pedaladas fiscais.
Ele agora batalha por uma causa igualmente abraçada por este site: o fim das indicações políticas para os tribunais de contas — todos eles, da União aos municípios.
Em entrevista à Jovem Pan, Júlio Marcelo disse o seguinte: “Política é veneno nos tribunais de conta.
No espaço de uma semana, a gente teve essa indicação ridícula do Edson Albertassi, no Rio de Janeiro, que não tem curso superior pra exercer uma função técnica (e foi pego pela Lava Jato).
No Mato Grosso do Sul, dois conselheiros foram nomeados, apesar de réus.
Em Santa Catarina, houve a posse de um conselheiro indicado politicamente e também delatado na Lava Jato, pela Odebrecht.
Não há o mínimo cuidado do corpo político em fazer indicações de alta qualidade.
Pelo contrário, parece que, quanto mais a ficha corrida do sujeito for pesada, mais indicado ele está para cargo.” Os conselheiros dos Tribunais de Contas deveriam ser gente com formação técnica e reputação ilibada.
E ponto final.